quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

SILÊNCIO

A gente se arrisca falando ao próximo o que pensa e 
sente, e ganha o silêncio em retribuição.
Isso é o que causa angústia, esse silêncio diz muito também...

A tal luz no fim do túnel - isso eu descobri recentemente - não transcende daqueles que estiveram comigo o tempo 
todo. É das pessoas na boca do poço chamando meu nome, quando os mais frequentes tomavam meu tempo e estenderam a mão pra empurrar. Eles não toleravam os meus defeitos. Espatifaram feito pequenos cacos de vidro, esparramados, eles brilham e cortam. 

O amor é carrasco, se sujeita a tudo, perdoa sem questionar. Eu cai, senti a escuridão obstruir minhas entranhas e adormecido no paraíso das trevas, gozei.
A minha vista cansada do vazio quase cegou as lembranças (silenciosamente).
Veio o caos, a tal luz rompeu o breu. Comecei a me familiarizar com o rosto de cada um. 
Lá no topo do farol, eles clamavam por paz. Decidido, resolvi voltar a assumir meu nome.

Hoje, nem preocupação com o silêncio alheio existe.
Grana não é o problema. Falta gentileza no mundo.
Falta amor, gratidão e respeito.
Sorriso verdadeiro que faz abraço.

Isso é um fundo de poço.