terça-feira, 22 de julho de 2014

AO ALVORECER ESCREVI POESIA EM GUARDANAPO DE PAPEL

Ah, meu caro, se proclamasse outras palavras de efeito,
desconfio que usaria minhas atitudes de forma a me incriminar,
pois foram muitas manhãs que esteve presente na minha ausência de sono.
Também admiro que nunca estive presente em outros tempo à sua companhia.

Ah, meu caro, e livre ser divino, sei que não sou digno de sua majestade, pois tenho o sopro da vida, o mesmo que me mantém fluindo na vida, é o mesmo que destrói minhas células de "ser artista", pois abuso do meu suspirar e do milagre de poder te presenciar.

Mas, mesmo assim, eu, ser mundano, plebeu, radical e sendo feliz assim, gigante perante a falta de oportunidade dos que não vieram, admito que me alimento prazerosamente deste ar e do milagre de minha existência sem remorso.

Ah, meu caro, a sua espécie esteve me observando em vários lugares distintos, 
e acredito que você pacificamente jamais me denunciaria, porque só me declara
às vezes sem preconceito que: - Bem-me-viu!

(sem data)

Imagem: Acchison Henrique


Um comentário:

  1. Muito bem.... e que continue encontrando essas preciosidades perdidas...

    ResponderExcluir